EDUCAÇÃO DE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

Apresentação

A Diretoria de Educação dos Povos e Comunidades Tradicionais – DEP, criada em 2023, tem como objetivo garantir, por meio da gestão democrática, a construção da ação pedagógica para a diversidade étnica, territorial e cultural da Bahia. A definição de Povos e Comunidades Tradicionais, segundo o artigo 3º do Decreto n. 6.040 de 2007, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, é: Povos e Comunidades Tradicionais são grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.

De acordo com o art. 6º do Decreto nº 13.247/2011, consideram-se comunidades tradicionais identificadas no estado da Bahia: povos indígenas, povos de terreiro, povos ciganos, comunidades quilombolas, comunidades de fundo e fechos de pasto, comunidades de pescadores artesanais e marisqueiras, de extrativistas e de gerazeiros.

O Governo do Estado, através da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, articulado com os movimentos sociais, empreende esforços para a promoção de uma educação escolar de qualidade e contextualizada ao modo de vida, para os segmentos que compõem os povos e comunidades tradicionais baianos, garantindo aos estudantes o acesso e reprodução dos conhecimentos tradicionais.

Desse modo, a pauta dos Povos e Comunidades Tradicionais precisa ser constante em todos os espaços de aprendizagem da Rede Estadual de Educação da Bahia e, para além disso, o atendimento adequado a partir de suas identidades precisa ser sempre garantido. 
O tema da Jornada Pedagógica em 2025 é a Educação Sustentável, Inovadora e que cuida das aprendizagens na Bahia. É um pilar essencial para uma educação sustentável e inovadora para o desenvolvimento das comunidades, especialmente na diversificada e rica Bahia, onde confluem culturas, tradições e saberes ancestrais. No contexto da Diretoria de Educação dos Povos e Comunidades Tradicionais, essa abordagem educacional visa não apenas a formação acadêmica, mas também a valorização e preservação das identidades culturais locais. A jornada pedagógica proposta se fundamenta na integração dos conhecimentos tradicionais com práticas inovadoras, criando um ambiente de aprendizado que respeita e potencializa as singularidades de cada comunidade.Neste cenário, a Educação Sustentável propõe uma reflexão crítica sobre as questões sociais, ambientais e culturais, promovendo a consciência ecológica e a cidadania ativa. Ao cuidar das aprendizagens, buscamos formar cidadãos mais conscientes e engajados, que reconhecem a importância de suas raízes e são capazes de dialogar com o mundo contemporâneo. Através de metodologias que respeitam a sabedoria local e incentivam a criatividade, a jornada pedagógica se torna um espaço de construção coletiva do saber, onde todos os envolvidos – educadores, alunos e comunidades – são protagonistas de suas histórias. Assim, reafirmamos o compromisso com uma educação que respeita a diversidade, promove a inclusão e prepara as novas gerações para os desafios do futuro, sempre com um olhar atento às necessidades e aspirações dos povos tradicionais da Bahia.

Excelente Jornada Pedagógica a todas e todos.

Diretoria de Educação dos Povos e Comunidades Tradicionais!

Calendário temático 2025

Material pedagógico

Educação do campo

A Educação do Campo, construída num espaço de lutas dos movimentos sociais e sindicais do campo, é traduzida como uma “concepção político pedagógica, voltada para dinamizar a ligação dos seres humanos com a produção das condições de existência social, na relação com a terra e o meio ambiente, incorporando os povos e o espaço da floresta, da pecuária, das minas, da agricultura, os pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos, quilombolas, indígenas e extrativistas” (CNE/MEC, 2002).

Ao investir na Educação do Campo, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia assume o compromisso com uma política especifica que possibilite a universalização do acesso dos povos que vivem e trabalham no/ do campo a uma educação que conduza a emancipação deste segmento da população, num diálogo permanente com os movimentos sociais. O foco das ações está no enfrentamento de dificuldades educacionais históricas, no processo de reconhecimento da identidade das escolas e na construção de um currículo que atenda as especificidades dos povos.

A finalidade da Educação do Campo, portanto, é oferecer uma educação escolar especifica associada à produção da vida, do conhecimento e da cultura do campo e desenvolver ações coletivas com a comunidade escolar numa perspectiva de qualificar o processo de ensino e aprendizagem.

Educação Escolar Indígena

A Educação Escolar Indígena nasce da diversidade, autonomia e liberdade de pensar o mundo, valores e significados de cada um dos povos indígenas:

populações que inventaram livremente um modo de viver e pensar. As sociedades indígenas, reconhecendo o papel a ser cumprido na reconstrução e afirmação de uma identidade, buscam garantir o direito à educação e nessa busca, percebem a necessidade de reorganizar a manutenção dos territórios através de um modelo de educação voltada para o desenvolvimento local sustentável na perspectiva do bem viver. Esse novo modelo de educação tem como objetivo superar o Etnocídio educativo e possibilitar novos meios de sobrevivência humana para os povos indígenas, a ser consolidado através de formas modernas de educação ainda em construção.

Nessa perspectiva nasce a Educação Escolar Indígena na Bahia, respaldada numa concepção de educação enquanto processo de constituição e fortalecimento de uma educação específica, intercultural e diferenciada, respaldada pelo Território Etnoeducacional Yby Yara, nova configuração da política educacional indígena que busca efetivar uma educação escolar indígena de qualidade, respondendo às necessidades educacionais e às especificidades socioculturais dos 16 povos da Bahia, atendidos nos 102 espaços educativos indígenas.

Educação Escolar Quilombola

Rolar para cima