FORMAÇÃO DOCENTE

“Educação sustentável, inovadora, e que cuida das aprendizagens” 

Como o currículo pode dialogar com o cuidado? Currículo e cuidado podem ser pensados como indissociáveis quando entrelaçados com a ideia de justiça social. A tríade apresentada no tema convoca cada educador e educadora da rede estadual de educação à reflexão acerca da função social da escola, bem como do compromisso com a educação. É uma luta que permeia a superação de tantas desigualdades. 

O currículo, neste sentido, assume um importante papel nesta relação do “cuidar”, pois cabe, nesta seleção criteriosa, pensar o tipo de sociedade que todos(as) nós estamos ajudando a construir a partir de nossas práticas, das experiências e situações de aprendizagem que, cotidianamente, são proporcionadas a cada estudante que compõe esta rede. 

Por conseguinte, a ação deve ser aquela que resulta da superação das desigualdades, do compromisso pela promoção da justiça social, no sentido de tornar este espaço de convivência e aprendizagens ainda mais humano e democrático, vislumbrando novos e possíveis horizontes a partir de relações que envolvam a capacidade do cuidado de si, do outro e dos espaços comuns. 

Á vista disso, o desvelo de selecionar, criteriosamente, as propostas formativas, os documentos orientadores, as sequências didáticas e os roteiros para a Atividade Complementar perpassa pela dimensão do cuidar, na compreensão de que é possível fazer junto, caminhar lado a lado. Decorre, neste sentido, no ato de pensar, de promover experiências ainda mais significativas ao vincular aprendizagem à dimensão da vida. 

O currículo, na dimensão do cuidado, assume o lugar da escolha intencional, porque promove mudanças. Caso contrário, torna-se mantenedor de dinâmicas excludentes. O currículo é articulador de um projeto político, que enxerga cada estudante como um(a) sujeito de direitos para a emancipação social. 

A educação sustentada por um viés democrático é vinculada à percepção de formação enquanto lugar da emancipação, na crença da educação como caminho do possível. E, como caminhos de possibilidades, há, neste sentido, espaço para a

inovação, para a inclusão, para as relações, para a partilha, para aprender e para ensinar. 

Em comparação a isso, desejamos que as reflexões, sugestões, possíveis percursos e orientações, possam ser pensados como “um dos caminhos” para reinventar cada vez mais este espaço chamado escola. Que as propostas aqui apresentadas sejam este horizonte. Que, ao caminhar, possamos refletir sobre quais são de fato as políticas que estamos a visibilizar.Com quais sujeitos estamos de fato a nos comprometer? Qual projeto estamos, de fato, construindo com nosso tempo, em cada espaço escolar do nosso cotidiano? 

Cabe a todos nós firmar o nosso compromisso com cada sujeito que compõe a rede, seja na oferta de formação continuada, seja no apoio direto à prática pedagógica, seja pelo caminho da mudança crítica dos hábitos e comportamentos, no que tange a um planeta sustentável, equânime e que seja um lugar melhor para se viver. É preciso, neste sentido, de uma ação com intencionalidade, que seja comprometida e implicada. 

Para além de um convite à reflexão sobre escolhas, trata-se de um mergulho no pensar o cuidado como movimento político e como ação intencional. Assim, desejamos que os documentos, leituras sugeridas e propostas aqui elencadas possam apoiar a todos(as), e subsidiar o ano letivo do ano de 2025, em cada unidade escolar, para que o estudante da rede estadual da Bahia possa ter experiências de aprendizagem e de convivência ainda mais significativas. 

Os documentos aqui apresentados estão como este suporte, portanto: reelaborem, redesenhem, repensem, apontem, aprofundem, ampliem. 

Bom ano letivo e contem conosco, 

Equipe IAT

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