Sejam bem-vindos/as!
As comunidades escolares nos vinte e sete Territórios de Identidade da Bahia, formadas por seus atores em suas diversidades de raça, gênero, crenças, classes sociais e escolaridade são espaços para o exercício da cidadania, da liberdade e da democracia. Defender a aprendizagem para o exercício pleno da cidadania, da garantia das liberdades individuais e da defesa do Estado Democrático de Direito, é reafirmar a Educação pela via dos Direitos Humanos.
Assim, o que nos provoca sobre o que vem a ser essencial no que fazer da educação pública para esse novo ano letivo, é o direito de todas e todos aprenderem. Aprender para o aprimoramento de habilidades que favoreçam a construção do conhecimento, do autoconhecimento e das relações interpessoais.
Aprender para comunicar e viver juntos, no convívio com o outro, com o mundo e com as diferenças. Aprender a ser.
A aprendizagem aqui é vista como base para garantir um caminho pelo qual as pessoas em sua totalidade e ao longo de toda a vida, sejam protagonistas frente aos problemas que as rodeiam. Os processos de aprendizagem devem contribuir para que cada indivíduo saiba conduzir o seu destino, num mundo onde as injustiças sociais se conjugam com o fenômeno dos impactos ambientais, comprometendo o futuro sustentável. Na perspectiva da justiça social e do direito à educação de qualidade com foco na gestão das aprendizagens, torna-se estratégico impulsionar a ampliação de ofertas como a da Educação Integral em Tempo Integral enquanto política primordial da Educação da Bahia.
É premissa também, considerar o potencial da educação de jovens, adultos e idosos e a valorização de suas vivências, principalmente no mundo do trabalho. A Educação Especial na perspectiva da inclusão deve ser ação presente em todas as Unidades Escolares da Rede, num exercício constante de identificação, apoio e valorização dos sujeitos em todas as suas diferenças.
A Educação Profissional e Tecnológica, está voltada aos arranjos produtivos locais, dos Territórios de Identidade em sua complexidade socioeconômica, ambiental, cultural e política, tendo o trabalho como princípio educativo, oportunizando políticas e ações articuladas de inserção no mundo do trabalho.
A pauta dos Povos e Comunidades Tradicionais precisa ser constante em todos os espaços de aprendizagem da Rede de Educação da Bahia e, para além disso, o atendimento adequado a partir de suas identidades precisa ser sempre garantido. Indígenas, quilombolas, imigrantes e refugiados, pessoas do campo e em situação de itinerância, dentre outros povos e comunidades, compõem a cultura e a identidade do nosso estado. O exercício que se põe à prática educativa nesse tempo é o de agregar ao currículo escolar atividades artísticas, culturais, científicas e esportivas, com a identificação das potencialidades individuais e coletivas, além de possibilitar momentos comuns que envolvam estudantes, profissionais de educação e demais atores envolvidos com a escola.
Destacamos o compromisso de transformação e de garantia de direitos da Educação da Bahia e sua contribuição para a vida de todas as baianas e baianos. Portanto, qualificar os processos avaliativos também faz parte de nossa ação educativa e a avaliação para a aprendizagem deve ser sempre vista a partir do seu potencial formativo, mediador e inclusivo.
Ela, a avaliação para a aprendizagem, também reflete um projeto de sociedade e a ação educativa deve intervir na realidade concreta das aprendizagens, no exercício diário de convivência em democracia. O cuidado, a amorosidade e a escuta dedicada são o melhor caminho para a garantia de direitos numa rede de educação compromissada com a justiça social.
A escola democrática, libertária, cidadã, equânime, que deve ser sempre: um lugar de fala, também para os pequenos, os subalternos, os marginalizados, excluídos da engrenagem social, mas que a fazem rodar; um lugar de ação, de pesquisa, de exercício da cidadania, um espaço permanente de produção do conhecimento, aberto à comunidade e outros pares; um lugar de acolhimento, de encontro, de sociabilidades, de interação, de diálogo incessante e de diversidade; um lugar de valorização, do professor, do aluno, da família, do território; um lugar de motivação, de engajamento onde as aprendizagens e o desejo de aprender sejam constantes.
É nessa escola que acreditamos!